3 de março de 2016, uma data que lembrarei para sempre.

É com indescritível alegria, um profundo sentimento de gratidão, uma grande honra e consciência da responsabilidade que agora assumo, que informo meus amigos e amigas que hoje fui aprovado no concurso para a área de Aquisição da Linguagem, no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.

Três gerações do IEL: Mary Kato, Ruth Lopes e eu. Honra!
Três gerações do IEL: Mary Kato, Ruth Lopes e eu. Honra!

Na foto, três gerações de linguistas – Mary Kato, Ruth Lopes e eu – cujo papel foi, é e, agora, passará a ser o de construir a história do Departamento de Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Como disse Mary, “a Ruth é minha filha, você é meu neto”. Quanta emoção!

Me é impossível explicar o que sinto agora em palavras. Eu me encantei por este lugar desde que pisei os pés aqui. Se em algum momento comecei a acreditar que poderia ser um docente da Unicamp, isso nem me ocorria nos primeiros anos. Mas, depois de quase exatos 10 anos desde que desembarquei nestas praias, conquisto um espaço em meio a estes incríveis pesquisadores e funcionários, homens e mulheres que construíram uma história incrível e uma universidade como poucas. Cabe a mim não desapontá-los e levar esta (eterna) construção adiante.

Se encontro dificuldades para expressar tudo que sinto, posso pelo menos agradecer. Agradecer primeiramente a Deus, este Pai que tanto me orienta, ampara, ama. Esta vitória é sobretudo sua, Pai. Mas é também de minha amada mãe, uma mulher vigorosa e um ser humano como poucos, que foi e continua sendo minha inspiração para trabalhar com afinco, com retidão, com amor e, acima de tudo, com humildade. Essa vitória é sua também, mãe.

Esta vitória é também de minha ex-companheira, Maria Fernanda, que além de me arrastar para Campinas em 2006, sempre se esforçou desde então para me dar suporte nos momentos mais críticos e estressantes. É sua também essa vitória, Maria.

À minha orientadora de mestrado e doutorado, Ruth Lopes, por sempre acreditar em mim, e à Charlotte Galves por também acreditar muito em mim e ser quase uma mãe, me ajudando em diversos momentos e abrindo portas importantes para mim mundo afora. Sem vocês duas, sei bem que não estaria aqui. A vitória é de vocês também.

Aos demais mestres que encontrei ali, aos funcionários queridos que torceram tanto por mim, aos colegas e mesmo alunos que tive o prazer de ter e que torceram por mim, como agradecer o suficiente? Mas sintam-se agradecidos, por favor!

Foram quatro tentativas antes de enfim conquistar esse objetivo de vida. Deus sabe o tempo de cada coisa e eu sei que só agora era o meu. Vejo claramente como cada “fracasso” se transformou em oportunidade de amadurecimento, em indicação de outras portas que eu precisava atravessar antes de chegar para este concurso em condições ideais de maturidade e preparo.

Estou muito feliz. Mas “muito” é pouco. Onde estão as palavras?!

Bem, mas sei que entendem. É um daqueles momentos em que o silêncio, os olhos marejados e o coração acelerado dizem mais, muito mais.

Gratidão, sempre. “Entrego, confio, aceito e agradeço”.

Unicamp, hei de te orgulhar!